29 de janeiro de 2009

"Alice, não escreva aquela carta de amor"

Acho que a carta de amor mais cheia desse sentimento que já enviei à alguém falava muito pouco de amor! Falava muito mais dos meus pensamentos cotidianos e fatos vividos do que realmente meus sentimentos. É claro que teve a parte romântica, declarações e coisa e tal, mas nada tão aprofundado e por isso acho que foi a carta mais romantica que escrevi, simplesmente porque eu não pedia desesperadamente para a pessoa cair de amores nos meus braços (mesmo desejando isso), apenas dizia que eu sentia falta de dividir meus pensamentos com ele, mesmo sem perspectiva de um novo romance entre a gente.

E talvez a gente só descobre o amor quando ele não é correspondido mesmo... como a música do post anterior diz, não é sofrer pela dor da ferida e sim por saber que um dia ela vai cicatrizar. Acabar sofrendo mais por saber que um dia essa dor no peito vai passar, que o amor vai se transformar em algo fraternal, ou em ódio, ou ainda pior, em indiferença!
Talvez esse sofrimento seja a prova dos 9 para descobrir a profundidade de um sentimento por uma pessoa e essa dor sustentada seja uma forma de manter tudo isso vivo, mesmo sem ter esperanças, apenas para sentir um vazio por dentro.
Alguns chamam isso de masoquismo, outros de ilusão... eu prefiro chamar de amor... e eu quero aproveitar muito toda essa dor ainda antes de voltar a não sentir absolutamente nada.
É como diz no filme Vick Cristina: "Only unfulfilled love can be romantic"



[próximo post que eu escrever comento sobre o selo que ganhei!]

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